quinta-feira, 26 de julho de 2012

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Ah, não sei nada! Estou repleto de insipiência. Repleto de tudo aquilo que não preenche espaço algum, que nada diz por nada ter a dizer por nada saber. Estou repleto daquela falta que inunda a mente de todos os imbecis, doutores da falta de tato, de gosto, de palato que pronuncie algo, sou daqueles que querem o mar; infindável ir e vir de ondas espasmódicas a se espraiar nas vagas do que se chama de pensamento. Tenho o tino perdido, embiocado não sei onde que nunca mais o encontrei, e sabe se lá em que biboca ai dentro ele se enfiou. Perdido no que poderia ser uma seara, daquelas que são feitas de ideias de plantas férteis, que resplandecem verdejantes numa espécie de crepúsculo existencial com folhas verdes a farfalhar se despedindo do dia. Emaranhado em borbotoes de palavras que se misturam erraticamente por toda parte do que não se sabe o nome pois estas não se oferecerem para forma dar a este nome que não se diz, este impulso anonimo que ferve cheio de verve e flui que nem ressaca oceânica de empuxos e repuxos a querer transbordar os rincões daquilo que se chama de eu.

Ah, é um não-sei-que, é um não saber que se sabe que não se sabe, é um indizível percuciente, inenarrável que se destampa a ribombar em um fragor ensurdecedor que não se faz ouvir porque não é som , de algo que diz por não ter dito, é esse cheio vazio a retumbar em todos os recônditos, em todos os poros do que se é pra depois vir a ser aquilo que a palavra chama de nada e a gente chama de..............

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