“Descansa
a tua alma na minha e deixa tudo ser como é; torto, inacabado, como
tudo que é humano tem de ser”. Disse ela, num espasmo existencial
que se alongava até que alcançasse o seu outro-- ela quando sendo
um tu-- o seu reverso. Alteridade embrionária a despertar o seu quê
de ser pulsante, percuciente. Abrigava esta outra presença em sua alma como se
esta fosse um ninho acolhedor em sua essência de pequenos
fragmentos-- tecido com um zelo inflamado pelas torrentes
sanguíneas ígneas de uma tenacidade e determinação de músculo
cardíaco--, fragmentos colhidos um a um a formar aquela estrutura uterina,
maternal de um acalanto que alberga toda a candência de um sentir que se sente quando não se é um só.
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