domingo, 15 de julho de 2012

Enclave


                                                              Enclave



Aquele espanto inopinado de habitar a pele em que se habita e que sai como fragor dos poros, um brado exsudado do imo intransponível de se ser o que se é, quando a única camada inexorável é a da pele, essa inquietação que é própria de quem é enclave do mundo, esse estranhamento insular de ilha de carne e espírito que se poe no mundo direcionada exclusivamente por uma incerteza que faz parte da vertigem transfigurada em uma espécie de apanágio existencial que salta aos olhos desde o momento em que se nasce, sabe? Eu sei. Mas que caralho de nome tem isso?

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