quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Mais Mitágoras

  E Mitágoras não era mais quem era, até porque ele não era alguém que era. Ele parou e pensou como seria se ele fosse alguém que fosse alguém. Mas este pensamento para ele era inconcebível de tal forma que ele ao tentar pensar sobre isso; que ele se tornava alguém que não era e que pensava como seria se fosse. E assim se dava o seu ser. Em verdadeiros “nós” de possibilidades de ser que apenas existiam através da hipótese do que possivelmente poderia ser se pudesse ser.

Afogado em seus nós, este ser que não era alguém que era, mas que era alguém que pensava como seria se fosse, continuava a pensar o seu possível ser e assim criou seu mundo ao seu redor, dentro de si se este Si fosse e então tudo era na sua possibilidade de poder ser.
O mundo de Mitágora e o próprio Mitágoras eram um só; uma só pessoa que era pessoa e mundo inteiro ao mesmo tempo. Ou seja, Mitágoras era ele e o mundo que ele criava sua alteridade era diversa e singular ao mesmo tempo. Qualquer objeto, pessoa, coisa etc eram a única coisa existente e ao mesmo tempo a parte de um todo de vários. Mitágoras era única coisa que exstia e ao mesmo tempo apenas umas das milhares que eram. E assim em círculos seu ser era. Existindo em vários e apenas sendo um. Sempre um e todos. Em incontáveis letras que são sempre as mesmas e que formam palavras que são escritas e lidas a todo tempo e sempre, sempre sendo as mesmas letras e palavras mas nunca significando as mesmas coisas.

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